Réplicas Digitais e IA em Hollywood: Inovação Tecnológica ou Violação de Direitos?

"Un grupo de personas se encuentra sentado alrededor de una mesa en una sala de juntas, en un ambiente que evoca el estilo modernista y académico del teatro, con múltiples pantallas y formas no representativas, dando la sensación de una imagen en movimiento."

Réplicas Digitais e Direitos dos Atores: Um Novo Desafio em Hollywood

O avanço da tecnologia digital e da inteligência artificial (IA) abriu uma nova frente na luta pelos direitos dos atores em Hollywood. A criação de réplicas digitais e atores sintéticos levanta sérias questões sobre o direito de publicidade, o consentimento e a vulnerabilidade dos intérpretes.

O Direito de Publicidade na Era Digital

O direito de publicidade, que protege os atores contra o uso não autorizado de sua imagem pelos estúdios, agora se encontra em terreno incerto. Os estúdios podem argumentar que seu ator AI é treinado nas performances de grandes atores, o que levanta questões sobre o uso de “réplicas digitais” sem consentimento. Além disso, existe um debate sobre se os Modelos de Linguagem em Grande Escala (LLMs) devem poder “digerir” grandes obras literárias para influenciar sua escrita.

David Gunkel, professor no Departamento de Comunicações da Universidade do Norte de Illinois, levanta a questão dos limites entre uma réplica digital e uma semelhança derivada. Com a tecnologia atual, é possível criar uma réplica digital tão precisa que é quase indistinguível do ator real. Isso poderia levar a futuras litígios sobre este tema.

Ambiguidade Contratual e Vulnerabilidade do Intérprete

A ambiguidade da linguagem contratual também desempenha um papel importante. Os estúdios não precisam buscar consentimento se estiverem protegidos pela Primeira Emenda, que inclui comentário, crítica, bolsa de estudos, sátira ou paródia, uso em um docudrama ou trabalho histórico ou biográfico. Isso abre a possibilidade de os estúdios evitarem o consentimento classificando um uso como satírico e usando a Constituição americana como cobertura.

Além disso, não é necessário buscar consentimento para uma réplica digital se “a fotografia ou trilha sonora permanece substancialmente como foi roteirizada, interpretada e/ou gravada”. Isso tem implicações para a profissão de ator. Os artistas começarão a marcar as performances livres de IA ou impulsionarão movimentos anti-IA?

A precariedade dos intérpretes e sua vulnerabilidade também são preocupantes. O consentimento da IA e a possível replicação podem se tornar uma condição de emprego, o que provavelmente aprofundará a desigualdade entre os atores.

Negociações entre Sindicatos e Estúdios

As negociações entre sindicatos e estúdios também têm seus limites. Embora os sindicatos confiem nos estúdios para “fazer a coisa certa”, a principal conquista é continuar o diálogo entre trabalho e capital. O controle foi parcialmente deslocado dos estúdios para os trabalhadores sindicalizados sob o SAG-AFTRA, mas isso se aplica a um contrato específico por um período de tempo preciso.

Em resumo, a tecnologia digital e a IA estão mudando rapidamente o cenário do direito de publicidade e consentimento em Hollywood. É crucial que os atores, os sindicatos e os estúdios continuem dialogando para proteger os direitos de todos nesta nova era digital.

Sandra é especialista em marketing digital e experta em redes sociais. Ela completou uma pós-graduação em Comunicação e RP para marcas de moda no Idep Barcelona, além de outra em Marketing e reputação online: comunidades virtuais. Sandra está a par das últimas tendências e melhores práticas em redes sociais, e isso se reflete em seu trabalho diário, gerando um impacto positivo no mundo digital.

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