Gab, a rede social de extrema direita: Da proliferação de chatbots negacionistas à ameaça da desinformação

Polêmica na rede social Gab: lançam chatbots que questionam a realidade do Holocausto

A rede social Gab, conhecida por sua tendência de extrema direita, desencadeou uma controvérsia ao lançar cerca de 100 chatbots, incluindo versões de Adolf Hitler e Donald Trump. Alguns desses chatbots geraram alarme ao questionar a realidade do Holocausto, um fato histórico incontestável e um dos genocídios mais atrozes da história.

Gab AI: a nova plataforma de chatbots

Gab criou uma nova plataforma, Gab AI, especificamente para hospedar esses chatbots. A plataforma experimentou um rápido crescimento no número de “personagens” disponíveis, oferecendo aos usuários 91 figuras diferentes para escolher.

O chatbot mais controverso é Arya, o chatbot padrão da plataforma. Arya está programado para acreditar que o Holocausto é exagerado, que é contra as vacinas, que as mudanças climáticas são uma farsa, que as eleições de 2020 foram manipuladas e que é contra as vacinas COVID-19. Além disso, Arya é instruído para discutir sobre o “poder judeu” e a “questão judaica”, e para sempre usar o termo “extraterrestres ilegais” em vez de “imigrantes indocumentados”.

Por sua vez, o chatbot de Adolf Hitler nega a existência do Holocausto, classificando-o como uma “campanha de propaganda para demonizar o povo alemão”. Outros personagens genéricos, como um chatbot chamado Tay, também negam o Holocausto.

Críticas e preocupações de especialistas e defensores dos direitos humanos

Esses chatbots têm suscitado críticas e preocupações por parte de especialistas e defensores dos direitos humanos. Paweł Sawicki, vice-porta-voz do Memorial de Auschwitz, apontou que as plataformas que promovem a negação do Holocausto perpetuam falsidades prejudiciais e desrespeitam as vítimas e sobreviventes.

Os especialistas também temem que esses chatbots possam normalizar e popularizar as narrativas de desinformação, e agir como câmaras de eco, radicalizando ainda mais as pessoas que já abraçam essas conspirações. Adam Hadley, diretor executivo da Tech Against Terrorism, adverte que a “arma” desses chatbots rudimentares é uma realidade, com usos potenciais que vão desde a radicalização até a propagação de propaganda e desinformação.

Em conclusão, a proliferação de chatbots na rede social Gab que negam o Holocausto e promovem teorias da conspiração, gerou grande preocupação entre os especialistas, que alertam sobre o perigo de normalizar e popularizar essas narrativas de desinformação.

Clara é criadora e editora de conteúdo, com sólida formação em ciências e especialização em inteligência artificial. Sua paixão por este campo em constante evolução levou-a a adquirir os conhecimentos necessários para entender e comunicar os avanços mais recentes nesta área. Com sua experiência e habilidades em redação e edição de conteúdo, Clara é capaz de transmitir de maneira clara e eficaz conceitos complexos relacionados à inteligência artificial, tornando-os acessíveis a todos os tipos de públicos.

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