A Inteligência Artificial Generativa e seu Impacto no Ciberespaço
Desde 2023, a Inteligência Artificial (IA) generativa deixou uma marca indelével no ciberespaço. Este fenômeno fez com que analistas como Ed Zitron expressassem sua preocupação com a “morte” da internet como a conhecemos. A IA generativa infiltrou-se nas redes sociais com imagens e textos gerados por máquinas, criando um ciclo de feedback no qual os modelos de IA se alimentam dos dados gerados por eles mesmos. Este fenômeno levou à possibilidade do surgimento de modelos mutantes de IA generativa, uma perspectiva que levanta questões sobre a qualidade e a autenticidade do conteúdo online.
O Conceito de “Habsburg AI” e a Qualidade do Conteúdo Online
O conceito de “Habsburg AI”, cunhado por Jathan Sadowski, refere-se à possibilidade de a IA, ao ser treinada com os resultados de outras IA, poder desenvolver traços exagerados e grotescos. Este fenômeno pode ser refletido na qualidade das imagens geradas por IA que inundam o Instagram, bem como nos resultados de pesquisa do Google, que cada vez mais mostram criações de IA. Esta tendência para a IA degenerativa ameaça a qualidade da internet. As empresas que permitem a geração de conteúdo por IA estão contribuindo para a proliferação de conteúdos baratos e enganosos. Um exemplo disso são as biografias geradas por IA na Amazon, e os conteúdos de baixa qualidade que inundam redes como o TikTok.
A Necessidade de uma Resposta Proativa
Diante desta crescente influência da IA, houve uma notável inação. O Google, como líder no espaço de busca online, tem a responsabilidade de reagir. São necessárias mudanças no algoritmo do Google para punir conteúdos pobres e gerados por IA. No entanto, outras empresas parecem complacentes com a enxurrada de conteúdos gerados por IA. O futuro da internet e da IA é incerto. Existe a possibilidade de que a internet se torne um depósito de lixo de conteúdos gerados por IA. Para evitar este destino, sugere-se buscar na internet pré-IA, um espaço onde o conteúdo gerado por humanos ainda prevalece. No entanto, esta não é uma solução a longo prazo. É necessária uma resposta mais sólida e proativa para preservar a qualidade e a autenticidade da internet na era da IA generativa.
Clara é criadora e editora de conteúdo, com sólida formação em ciências e especialização em inteligência artificial. Sua paixão por este campo em constante evolução levou-a a adquirir os conhecimentos necessários para entender e comunicar os avanços mais recentes nesta área. Com sua experiência e habilidades em redação e edição de conteúdo, Clara é capaz de transmitir de maneira clara e eficaz conceitos complexos relacionados à inteligência artificial, tornando-os acessíveis a todos os tipos de públicos.