O potencial da Inteligência Artificial na Cibercriminalidade
Um recente estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (UIUC) revelou o potencial da inteligência artificial, em particular do modelo GPT-4, como ferramenta para cibercriminosos.
Os Modelos de Linguagem de Aprendizado Automático (LLM) como o GPT-4 estão se mostrando cada vez mais poderosos, com aplicações tanto benignas quanto maliciosas. De acordo com o estudo, o GPT-4 conseguiu explorar 87% das 15 vulnerabilidades de dia zero coletadas pelos pesquisadores, evidenciando seu potencial para ser usado em ciberataques.
Comparação com outros Modelos de Inteligência Artificial
Em comparação com versões anteriores como o GPT-3.5 e outros modelos de código aberto, o GPT-4 provou ser superior na exploração de vulnerabilidades. No entanto, ainda há incerteza sobre o potencial de modelos mais recentes como o Claude 3 ou Gemini 1.5 Pro para realizar a mesma tarefa.
Automação de Ataques e Custo de Exploração
O estudo também revelou como os LLMs podem ser usados para automatizar ataques a sites por meio de chatbots. O GPT-4 pode realizar autonomamente as etapas necessárias para executar certos exploits, o que poderia facilitar o trabalho dos cibercriminosos.
Em termos de segurança, os pesquisadores descobriram que limitar os detalhes disponíveis nos CVEs (Common Vulnerabilities and Exposures) reduz a eficácia do GPT-4 para explorar vulnerabilidades. No entanto, isso levanta um debate sobre a sustentabilidade da segurança através da obscuridade.
O custo de usar a inteligência artificial para criar exploits também foi analisado no estudo. O custo médio por exploit usando GPT-4 foi de 8,80 dólares, um valor significativamente menor do que o que seria contratar um desenvolvedor humano.
Conclusões e Recomendações
A OpenAI, organização por trás do GPT-4, pediu aos pesquisadores que não revelassem os prompts usados no experimento para evitar seu uso indevido. Apesar disso, os pesquisadores se ofereceram para fornecer os prompts a quem os solicitar, embora alertem que eles podem não funcionar mais.
Em conclusão, o estudo da UIUC revela o potencial do GPT-4 e outros modelos de inteligência artificial para serem usados em cibercrimes. Essa descoberta destaca a necessidade de uma abordagem mais rigorosa e consciente em relação à segurança e à ética no desenvolvimento e uso da inteligência artificial.
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