A IA generativa e as eleições de 2024
A Inteligência Artificial (IA) generativa, uma tecnologia capaz de criar conteúdo realista, poderia complicar as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024. Segundo Nathan Lambert, especialista em IA, a política poderia retardar os esforços para regular esta tecnologia emergente. Lambert prevê que não se espera uma regulamentação da IA nos EUA para 2024 devido às eleições, sendo estas um fator determinante no uso e abuso da IA.
O papel da IA nas campanhas políticas
Existem preocupações crescentes sobre o uso da IA nas campanhas políticas. Um exemplo recente é a campanha do governador da Flórida, Ron DeSantis, que incluiu imagens e áudio gerados por IA do ex-presidente Donald Trump. Além disso, uma pesquisa recente revela que 58% dos adultos acreditam que as ferramentas de IA aumentarão a disseminação de informações falsas e enganosas nas próximas eleições, refletindo o medo público sobre o impacto potencialmente negativo da IA nos processos democráticos.
Medidas tomadas pelas grandes empresas de tecnologia
As grandes empresas de tecnologia estão tomando medidas para lidar com essas preocupações. O Google planeja restringir os tipos de prompts relacionados às eleições que seu chatbot Bard responderá antes das eleições presidenciais. A Meta (proprietária do Facebook) proibirá as campanhas políticas de usar novos produtos publicitários gerados por IA e exigirá que os anunciantes revelem quando as ferramentas de IA forem usadas para alterar ou criar anúncios eleitorais. A OpenAI reformulou seu manejo de conteúdo desinformativo e ofensivo em seus produtos.
No entanto, ainda existem problemas. O Copilot da Microsoft, por exemplo, foi relatado por fornecer teorias da conspiração, desinformação e informações incorretas ou desatualizadas. Lambert conclui que pode ser “impossível manter as informações [da IA generativa] tão higienizadas quanto deveriam” em relação à narrativa eleitoral, o que levanta sérias preocupações sobre a integridade das futuras eleições.
Implicações além das eleições
As implicações da IA generativa vão além das eleições presidenciais de 2024. Alicia Solow-Niederman, especialista em tecnologia e democracia, adverte que as ferramentas de IA generativa podem ser realmente graves para a democracia. Ela cita o conceito do ‘dividendo do mentiroso’: em um mundo onde não podemos distinguir o verdadeiro do falso, nossa capacidade de nos governar começa a se erodir.
Em conclusão, a IA generativa apresenta tanto oportunidades quanto desafios para as eleições e a democracia em geral. É essencial que os legisladores, as empresas de tecnologia e o público trabalhem juntos para garantir que essa tecnologia seja usada de maneira responsável e transparente.
Sandra é especialista em marketing digital e experta em redes sociais. Ela completou uma pós-graduação em Comunicação e RP para marcas de moda no Idep Barcelona, além de outra em Marketing e reputação online: comunidades virtuais. Sandra está a par das últimas tendências e melhores práticas em redes sociais, e isso se reflete em seu trabalho diário, gerando um impacto positivo no mundo digital.