O papel da Inteligência Artificial na publicação científica
A revista científica Frontiers in Cell and Developmental Biology enfrentou críticas recentes após publicar um artigo com imagens e descrições sem sentido, supostamente geradas por Inteligência Artificial (IA). Embora a revista tenha retirado o artigo e emitido uma nota de retratação, este incidente deixou uma mancha em sua reputação.
O artigo em questão apresentava gráficos e ilustrações com palavras mal escritas e letras mal formadas, o que levantou dúvidas na comunidade científica sobre sua validade. Os autores do artigo são Xinyu Guo, Dingjun Hao e Liang Dong da China, e foi revisado por Binsila B. Krishnan da Índia e Jingbo Dai dos Estados Unidos, com a edição de Arumugam Kumaresan da Índia.
Implicações da IA na ciência e na pesquisa
Este incidente tem implicações mais amplas para o impacto da IA na ciência, pesquisa e medicina. Embora a IA tenha sido promovida como uma ferramenta valiosa para avançar na pesquisa científica e na descoberta, os geradores de imagens de IA podem representar uma grande ameaça para a precisão científica. O uso de IA para criar ilustrações ou diagramas científicos pode minar a precisão e a confiança na comunidade científica e no público em geral.
Frontiers in Cell and Developmental Biology, que conta com mais de 114.000 citações em seu nome, teve sua integridade questionada por este incidente. A revista faz parte da empresa Frontiers, que possui mais de 230 publicações científicas e utiliza IA para revisão por pares.
A IA e a revisão por pares
Especificamente, a Frontiers usa uma ferramenta de IA chamada AIRA para ajudar a revisar os artigos de pesquisa. AIRA pode fazer até 20 recomendações em apenas segundos, incluindo a avaliação da qualidade da linguagem, a integridade das figuras, a detecção de plágio, entre outros. No entanto, essa ferramenta não conseguiu detectar as imagens sem sentido no artigo, o que levou à sua retratação.
Este incidente levanta questões sobre a capacidade das ferramentas de IA para detectar, marcar e, finalmente, impedir a publicação de informações científicas imprecisas. Embora a IA possa ser uma ferramenta valiosa, este incidente mostra que ela ainda não pode substituir completamente a revisão humana. Por exemplo, a VentureBeat também usa ferramentas de IA para a geração de imagens e alguns textos, mas todos os artigos são revisados por jornalistas humanos antes de sua publicação.
Em conclusão, embora a IA tenha um grande potencial para melhorar a ciência e a pesquisa, este incidente demonstra que ainda há espaço para melhorar sua precisão e confiabilidade. A comunidade científica deve continuar trabalhando para garantir que a IA seja usada de maneira responsável e precisa na pesquisa científica.
Sarah é, além de uma especialista em marketing digital, uma criadora de conteúdo com vasta experiência no campo. Graduada em Sociologia pela Universidade de Barcelona e com uma Pós-graduação em Marketing Digital pelo Inesdi, Sarah conseguiu se destacar como Diretora de Marketing Digital. Seu profundo conhecimento das tendências digitais e sua habilidade para identificar oportunidades de crescimento foram fundamentais para o sucesso de inúmeras campanhas. Além disso, ela dá aulas e palestras em prestigiosas escolas de negócios, universidades e eventos, compartilhando seus conhecimentos e experiências com outros profissionais e estudantes.