Centros de gravidez em crise: Marketing enganoso e subsídios publicitários do Google desfocam a linha entre informação legítima e falsa?

Centros falsos de gravidez em crise: práticas preocupantes e políticas publicitárias do Google

Uma recente investigação do Centro para a Luta contra o Ódio Digital (CCDH) revelou perturbadoras práticas de marketing relacionadas a centros falsos de gravidez em crise. Esses centros, que fornecem informações e apoio enganosos sobre saúde reprodutiva e aborto, têm sido objeto de controvérsia devido ao uso indevido das subvenções publicitárias gratuitas oferecidas pelo Google.

Estratégias específicas para aparecer junto à informação legítima

O estudo mostrou que esses centros utilizam estratégias específicas para aparecer junto à informação legítima sobre saúde reprodutiva nos resultados da pesquisa. Por exemplo, eles usam palavras-chave relacionadas ao aborto como «Planned Parenthood«, uma reconhecida organização real dedicada à saúde reprodutiva.

Mudanças insuficientes nas políticas publicitárias gratuitas

Em decorrência do problema detectado em 2019, o Google alterou suas políticas de publicidade gratuitas exigindo que os anunciantes especifiquem se oferecem serviços médicos relacionados ao aborto ou não. No entanto, segundo o relatório da CCDH, ainda existem problemas com a aplicação adequada de etiquetas nos anúncios e isso gera confusão entre os usuários sobre o significado e a diferença entre um centro falso e um legítimo.

Problemas no Google Maps e o projeto #HeyGoogle

Além do problema com as etiquetas publicitárias inadequadas, também foi detectada dificuldade para distinguir fornecedores legítimos no Google Maps. O projeto #HeyGoogle, criado por Sanne Thijssen, busca mapear esses centros falsos na Europa e identificá-los como tal.

Caso alarmante: PlanC bloqueada pelo Google

Um caso particularmente alarmante é o da PlanC: esta conta foi bloqueada por promover “farmácias não autorizadas” quando tentava disseminar informações verídicas sobre acesso seguro ao aborto farmacológico. Apesar dos recursos, o Google não reverteu sua decisão.

“Reversão do aborto”: propaganda permitida mas sem fundamento médico

Por outro lado, a publicidade sobre “reversão do aborto” ainda é permitida pelo Google. Este método não científico consiste em administrar progesterona a mulheres que tomaram medicamentos para abortar e se baseia em afirmações sem fundamento médico. A crítica da Naral, um grupo defensor do direito ao aborto, é contundente: o estudo que apoiava esta prática foi interrompido devido aos riscos à saúde associados à reversão do aborto.

Falhas preocupantes nas políticas publicitárias do Google relacionadas a falsos centros de gravidez

Em resumo, o relatório da CCDH destaca falhas preocupantes nas políticas publicitárias do Google relacionadas a falsos centros de gravidez em crise e serviços legítimos de saúde reprodutiva. Essas práticas enganosas podem ter sérias consequências para aqueles que buscam informações verdadeiras e opções seguras no que diz respeito ao cuidado reprodutivo e acesso ao aborto legal e seguro.

Sarah é, além de uma especialista em marketing digital, uma criadora de conteúdo com vasta experiência no campo. Graduada em Sociologia pela Universidade de Barcelona e com uma Pós-graduação em Marketing Digital pelo Inesdi, Sarah conseguiu se destacar como Diretora de Marketing Digital. Seu profundo conhecimento das tendências digitais e sua habilidade para identificar oportunidades de crescimento foram fundamentais para o sucesso de inúmeras campanhas. Além disso, ela dá aulas e palestras em prestigiosas escolas de negócios, universidades e eventos, compartilhando seus conhecimentos e experiências com outros profissionais e estudantes.

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