Censura Digital na Comunidade Kink: Klub Verboten e outros 45 perfis eliminados do Instagram

"Imagen de un antiguo pub en venta situado en una calle, con un ambiente nocturno y misterioso, evocando el estilo artístico de John Kenn Mortensen, Alan Kenny y Yinka Shonibare con tonos predominantes de rojo arándano."

A censura digital atinge a comunidade kink de Londres

Karl Verboten, proprietário do famoso Klub Verboten de Londres, acordou uma manhã para descobrir que sua conta no Instagram havia sido suspensa sem aviso prévio. Um duro golpe para este espaço dedicado à comunidade kink desde 2016, que conseguiu conquistar um lugar na cena noturna londrina com uma equipe composta por 70 freelancers e 50 membros da equipe de segurança.

O impacto de perder uma presença digital

Com mais de 70.000 seguidores no Instagram, o perfil do clube era muito mais do que uma simples ferramenta promocional: era o elo virtual entre os frequentadores do clube e as novidades que aconteciam lá. Apesar de serem cuidadosos com as regras estabelecidas pelo Instagram – evitando postar nus -, a presença digital do clube foi repentinamente eliminada.

Mas não apenas o Klub Verboten sentiu o golpe da censura: segundo informações coletadas pela WIRED, pelo menos outros 45 perfis relacionados à sexualidade desapareceram recentemente.

“Perder uma conta como essa é equivalente a perder um emprego”

Reed Amber, educadora sexual e ativista, defende fervorosamente esses espaços digitais: «Perder uma conta como essa é o mesmo que perder um emprego», afirma Amber referindo-se ao tempo investido, energia e até fonte de renda que significa manter estas plataformas.

Além do Klub Verboten: outras contas afetadas

No entanto, outras iniciativas culturais ou empresas educacionais também foram afetadas como UK Fetish Archives no Bishopsgate Institute de Londres; @thepconversation dirigida por Erika Lust; Gashtrays; Slut Social; entre outros. Até @not.a.statistic.19 sofreu restrições temporárias desde junho.

Censura vs liberdade de expressão nas redes sociais

Mitch Henderson, representante da Meta (empresa proprietária do Instagram), argumenta que embora permitam conteúdo sex-positive têm regras sobre nudez e solicitações sexuais para garantir conteúdo apropriado para todos os usuários especialmente jovens. Admite erros em algumas suspensões realizadas recentemente as quais foram corrigidas reinstalando tais contas.

No entanto, essa série de censuras levanta questões sobre o limite entre o explícito e o sugestivo no mundo digital atualmente dominado por redes sociais onde cada vez mais pessoas procuram se expressar livremente, mas sempre dentro do quadro legal existente.

Sandra é especialista em marketing digital e experta em redes sociais. Ela completou uma pós-graduação em Comunicação e RP para marcas de moda no Idep Barcelona, além de outra em Marketing e reputação online: comunidades virtuais. Sandra está a par das últimas tendências e melhores práticas em redes sociais, e isso se reflete em seu trabalho diário, gerando um impacto positivo no mundo digital.

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